Alexandre Pais

TagSábado

A maldição dos aparelhos partidários

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No regresso à ribalta, António Capucho não poderia ter sido mais claro: “Estão a tentar fazer a cama a Rui Rio”. Afinal, o ex-presidente da Câmara de Cascais conhece bem essa arte, já que só não fez a cama a Passos Coelho porque lhe faltavam lençóis. Mas a lata de Capucho vai mais longe ao defender que os deputados sociais-democratas que não concordam com a linha política traçada por Rio deviam...

No tempo dos concursos de misses

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O final da década de 80 constituiu um período de grande atividade nas discotecas de Lisboa, longe de ser invadida pela marginalidade e mesmo pelo crime. A internet e as televisões privadas vinham longe e sair à noite estava in. De igual modo, viveu-se a época dourada dos concursos de beleza, que iam desde o clássico Miss Portugal, que o Correio da Manhã patrocinava, com enorme êxito, e cuja final...

A tarde em que o Jordão não apareceu ao Bonzinho

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O semanário Off-Side publicou-se entre 1982 e 1984, no tempo em que jornalistas e agentes desportivos mantinham uma relação saudável e amiga. Um dos jogadores que mais colaboravam com o jornal chamava-se, e chama-se, Rui Jordão. Era tal a confiança que o João Bonzinho, o mais próximo do craque sportinguista, acertou com ele uma entrevista para a tarde do feriado de 1 de novembro de 1984, véspera...

Adolfo e Jaime: dois homens, duas gerações

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No último sábado, choquei com dois títulos fortes. Um foi o da entrevista de Adolfo Mesquita Nunes ao Expresso, o outro era do CM online: Liga de Bombeiros faz ultimato ao Governo. Pertenço a uma geração que só tarde conviveu com a tolerância às orientações sexuais e com a expressão das opções individuais. Assisti a quase tudo, de sentimentos de vergonha a graçolas e insultos, passando pela...

A água não cai só do céu

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O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal avisou há dias que em 2018 a seca poderá constituir uma “calamidade ainda maior do que no ano passado”. Foi o derradeiro grito de alerta dos muitos que se têm feito ouvir e que são, afinal, o sublinhar de uma evidência. Entrámos no inverno numa situação grave em matéria de recursos hídricos, em janeiro pouco choveu e fevereiro parece ir...

A propósito do desaparecimento de Edmundo Pedro

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A morte recente de Edmundo Pedro fez-me voltar aos tempos do gabinete de análise de imprensa que integrei e que serviu, entre 1977 e 1978, o primeiro e o segundo governos constitucionais de Mário Soares. Numa sala do edifício onde trabalhávamos, deu-se, numa tarde, a preparação de uma entrevista a Álvaro Cunhal, a ter lugar nessa noite, nos estúdios da RTP. Presentes, Edmundo Pedro, então...

Maria Germana Tânger: partiu uma amiga

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Na manhã da fria segunda-feira da semana passada, soube por um post de João Soares que Maria Germana Tânger nos deixara, aos 98 anos. E coube-me dar a má nova à minha mãe, contemporânea e amiga da desaparecida, veterana de um dos dramas da vida longa: saber da morte dos que amamos. Declamadora, atriz, encenadora e professora de arte de dizer no Conservatório Nacional – quis o destino que eu fosse...

No tempo em que il Mago passou pelo Belenenses

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O mais relevante dos fatores que caracterizam um grande treinador de futebol é a sua capacidade para fazer magia: com jogadores menos cotados, conseguir vencer as melhores equipas do Mundo. Ainda hoje, por muito que os resultados globais favoreçam Guardiola, o maior mérito de Mourinho foi ter conseguido travar a hegemonia do Barcelona de Pep, talvez o melhor onze da história. Pensei nisso quando...

Os grandes 60 anos de Carlos Manuel

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A ver o delicioso Bar SportTV, conclui-se que Carlos Manuel encontrou nova vocação. Ele é um excelente contador de histórias e um facilitador da conversa alheia, qualidades que tempera com um espírito de humor que bem falta faz no triste ambiente em que vive o futebol português. Antigo jogador de raras capacidades e carreira brilhante, treinador auto-suspenso sem o mesmo êxito – breves passagens...

Pedro e Rui: não se lhes ouve uma ideia

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A campanha para a liderança do PSD está a ser marcada por pormenores folclóricos e não se ouve aos candidatos uma ideia para o País, não se lhes conhece um projeto de rutura ou algo de inovador. Tenho pena que Pedro Santana Lopes, de quem gosto, optasse por esta tentativa de renascimento político nas atuais circunstâncias, favoráveis a António Costa e à nova geração que se lhe seguirá. Como Rio...

Alexandre Pais

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