Bem andou a TVI quando se viu livre da ‘Santinha da Ladeira’ e lançou ‘Goucha’ no horário de ‘Júlia’, enfrentando a SIC. De estatuto semelhante, um mais comedido, a outra mais hábil a puxar pelo chorinho, eles assinam momentos para a história da televisão em Portugal. A entrevista de Manuel Luís a Judite Sousa, por exemplo, ou a de Júlia à mãe da jovem Beatriz – que passou pela provação do...
Vêm aí greves para o Guinness
Neste verão, sobram temas de alternativa ao da guerra na Ucrânia: entre o caos hospitalar, os incêndios, a seca e as subidas dos combustíveis o diabo escolherá. A verdade é que se os fogos, a falta de água e o preço do crude resultam de fenómenos que não controlamos, a situação nos hospitais podia estar resolvida há décadas se a saúde em Portugal não estivesse refém dos lóbis corporativos e da...
Quatro cromos no ‘Casados’ que evitavam muita despesa
A SIC não foi capaz de aproveitar todo o potencial da terceira edição de ‘Casados à primeira vista’, que se arrasta como um moribundo à espera do fim. Começou-se por destruir o conceito, modificando a sequência lógica do programa. As ‘cerimónias de compromisso’ deixaram de ser uma espécie de galas das noites de domingo e passaram a ser repartidas por vários dias, em episódios com repetições...
Três descidas ao inferno
As imagens terríveis da guerra relativizam a imensa tristeza da vida. Em poucos dias, foi possível descer vários degraus dos infernos como se de um passeio se tratasse. Veja-se o caso de João Rendeiro, cuja despedida reuniu uma dúzia de pessoas, entre as quais nenhuma, por certo, das que se fizeram amigas do seu poder e do dinheiro que ‘geria’. Ficará a eterna dúvida: para que acumulou tanta...
Uma rua mais de espinhos do que de flores
Não, só velho não chega. Talvez precise mesmo de ficar patarata para conseguir achar alguma graça às novelas produzidas para adoçar a senilidade e recolher as simpatias de quem já não está para mais chatices na vida. A ‘moda’ terá começado em 2013, com ‘Bem-vindos a Beirais’, na RTP, cujo humor ‘naif’ nos tocava e fazia sorrir. Correu tão bem que vieram os sucedâneos, com menor frescura de...
Os faróis de sempre metidos ao barulho na RTP
Na tarde de segunda-feira, a CMTV só não deu mais um tiro no porta-aviões porque a RTP já é apenas uma lancha especializada em navegar nos impostos: o ‘Rua segura’, apresentado por Magali Pinto, bateu por 9,2% contra 8,5% de ‘share’, o programa ‘A nossa tarde’, do canal público. Mandem embrulhar. A RTP, que segue assim na sua rota de irrelevância, foi esta semana também notícia pela trapalhada do...
O risco de Marta Temido
Sou dos que se dão por felizes por Marta Temido ser ministra da Saúde quando a covid-19 nos bateu à porta. Não aprecio a sua pouca vocação para o diálogo, mas reconheço que enfrentou a pandemia com coragem, competência e determinação sem quebras. O que me parece hoje é que a falta de paciência para ouvir nos irá meter em trabalhos evitáveis. Nos vários canais, dezenas de especialistas passaram a...
O grande segredo da CMTV (em crónica a duas mãos)
No sábado, dia 7, a CMTV voltou a ter mais audiência que os seus concorrentes diretos juntos e o ‘Duelo final’, sobre o Benfica-FC Porto, foi o sexto programa mais visto do dia na generalidade dos canais, com uma audiência total superior a 4 milhões de espectadores. Não conseguindo ser mais certeiro, reproduzo, com a devida vénia, o que o jornalista Eugénio Queirós escreveu, a...
O ‘fair play’ de Cristina Ferreira
Criticam-na pelos erros que comete a escolher programas e protagonistas – como aqui tenho feito e continuarei a fazer –, criticam-na pela voz estridente ou pela ousadia dos decotes, criticam-na pela ostentação das viagens ou dos carros, criticam-na por causa do Casinhas ou pela relevância empresarial – que de facto não tem –, criticam-na por a acharem saloia ou apenas por não ‘irem’ com a cara...
Na despedida de Marta Louro
Mesmo de fora, sinto o silêncio e a consternação que perpassam pela redação do CM e da CMTV – e por toda a Cofina – após a trágica morte da jornalista Marta Louro. Admiramos todos, e justamente, a coragem dos repórteres de guerra, na Ucrânia, e quase não reparamos no esforço tremendo que é exigido aos novatos que escolhem esta profissão fascinante mas madrasta. Porque é no aperto e na entrega dos...